Lislair Leão
Marques, M.Sc. Engenheira Ambiental e
Tecnóloga da Construção Civil,.
e-mails: lislair@pop.com.br, lislair@yahoo.com.br
Juliane Berber, M.Sc. Arquiteta e
Urbanista
e-mail: julianeberber@terra.com.br
Maurício Carvalho. Arquiteto e
Urbanista
e-mail: carvalhomauricio@hotmail.com
ABSTRACT
Os problemas
urbano-ambientais vêm se agravando nas regiões periféricas da cidade de Manaus/AM-Brasil,
nas últimas décadas, levando ao aumento expressivo de regiões urbanas altamente
desqualificadas, prejudicando o meio ambiente e a qualidade de vida da
população que ocupa essas regiões.
Alguns esforços do
Poder Público em criar Áreas de Preservação Permanente, em função de conter a
expansão desordenada dos bairros e as ocupações ilegais, têm sido tomados. No
entanto, são insuficientes demonstrando a necessidade de ações que viabilizem
de maneira sustentável o desenvolvimento dessas regiões da cidade bem como sua
requalificação em termos sanitários e ambientais.
As áreas urbanas de
periferia já consolidadas na cidade de Manaus, especialmente a Zonas Norte,
Leste e adjacências, apresentam falhas em sua composição morfológica e de
infra-estrutura, como ocupação indevida de terrenos, alta densidade
populacional, baixa porcentagem de área verde, falta de rede de esgoto,
deficiência e/ou inexistência de coleta de lixo e pouco entendimento das questões
e leis urbano-ambientais por parte da comunidade. Grandes glebas de área verde
do município vêm sendo ameaçadas pela contínua expansão dessas ocupações,
gerando, além de degradação progressiva da floresta, baixos índices de
qualidade de vida para a população.
Estabelecer diretrizes que sirvam como instrumentos para
Programas de Políticas Públicas de Requalificação sanitária e ambiental das
áreas de periferia da cidade de Manaus é o objetivo principal do trabalho. Para
chegar os resultados em
primeiro passo, a busca através de uma pesquisa documental e de coleta de dados
em campo, através de questionários a serem aplicados junto à população para que
informações que consolidem um diagnóstico das áreas de intervenção. A seguir,
buscam-se iniciativas para a promoção da Educação Ambiental para o Saneamento
Ambiental, valorizando a participação comunitária. Nesta etapa se fazem
necessários a identificação de lideranças existentes e potenciais que
contribuam para a sensibilização e mobilização em relação às questões
mencionadas.Um grupo de trabalho envolvendo todos os setores da sociedade como
ONGs, centros de ensino e pesquisa, atores de serviços públicos ambientais e de
saneamento para discutir as possíveis soluções, priorização das questões e
responsabilidades de cada ator, dentro de um cronograma de planos e metas.
O desafio de promover o
desenvolvimento social com a preservação e promoção do meio ambiente faz da
Mobilização Social e a Educação Ambiental um dos instrumentos da requalificação
e da gestão sanitária e ambiental das áreas urbanas de invasão e degradadas.
Novos modelos devem levar em conta a participação de todos os atores para o
reconhecimento dos problemas e da busca de soluções e principalmente o
comprometimento daqueles diretamente envolvidos.
Nenhum comentário:
Postar um comentário