Em
declaração recente, o premier italiano diante do caos das cidades
cobertas de lixo do seu país, afirmou: é preciso uma lei com regras
rígidas e severas, contra quem joga lixo na rua. Não distante, observava
as lixeiras dispostas nas estações de trem e dos aeroportos europeus
que embora diferenciadas por cores não continham os seus respectivos
conteúdos. Fato comum no Brasil nos lugares onde as lixeiras coloridas
estão prontas para a segregação.
A
diferenciação por cores do lixo é reconhecida para a coleta seletiva
voluntária em todo o mundo. Utiliza-se o AZUL para o papel, o VERMELHO
para o plástico, o VERDE para o vidro, o AMARELO para o metal, o PRETO
para a madeira, a cor LARANJA para os resíduos perigosos, o BRANCO para
os resíduos ambulatoriais e de serviços de saúde, o ROXO para resíduos
radioativos, o MARROM para resíduos orgânicos e a cor CINZA para resíduo
geral não reciclável ou misturado, ou contaminado não passível de
separação.
O
critério da criação dos padrões das cores não é conhecido, mas
certamente quem o determinou buscou induzir a força do hábito nas
pessoas para separar o lixo para a promoção, de uma parte, da reciclagem
que é a tentativa de recuperação da matéria em fim de ciclo para
alimentação em outro processo.
Sabedoria
humana engenhosa para dissimular ou embelezar os males da nossa
existência e atenuar seus efeitos. Esforçamo-nos nós mesmos por agravar a
miséria de nossa condição pois a escolha certa deve ser a não geração
do lixo ou ainda a moderação no ato de consumir, independente da cor a
que o lixo se destina.
No
entanto, este modo de proceder, diferenciando o lixo por cores, tem
foco e alcança objetivo nas esferas que operam visando à consciência
ambiental com a recuperação de quantidades estimáveis de recicláveis.
Estes materiais são encaminhados diretamente a empreendimentos que
trabalham com pré-tratamentos de resíduos, segregando ou transformando o
lixo e assim obtendo matérias primas para outros sistemas produtivos.
Certamente, funcionários e colaboradores destes setores, já
disciplinados, disseminam maneiras de agir aos outros olhares atrofiados
deste sentido.
Ações
de educação ambiental adicionam-se para alavancar os procedimentos da
Coleta Seletiva. Distribuição de cartilhas, panfletos, folders com
receitas de modos de como jogar o lixo nos recipientes com as cores
padrões são freqüentemente distribuídas a transeuntes, nas escolas e
comunidades dos lugares em que são dispostos. Os desempenhos destas
mobilizações se reduzem, em sua maior porcentagem, em mais lixo pois as
lixeiras diferenciadas em cores permanecem ora vazias ora com lixo
trocado.
Valemos
então, da apreciação da austeridade que, no sentido do bem, encaminham
sobriedade àqueles comportamentos que não são mais comportados que o
necessário à condução da minimização dos efeitos gerados na dinâmica da
nossa civilização que por hora ultrapassam todas as medidas.
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